sábado, 14 de janeiro de 2012

Hospital é coisa de ateu

Espero voltar a atualizar o site normalmente, a partir da próxima semana. Estou me recuperando de uma enfermidade bem séria, e não há como se conseguir inspiração para escrever nada interessante consumindo medicação “tarja preta”. 

Enquanto acompanhava o pingamento das últimas gotas do quarto frasco de soro que tomei esta manhã, na emergência de um hospital, pensei como seria mais cômodo para nós, ateus, se os religiosos confiassem mais nos seus próprios deuses e deixassem os hospitais apenas para gente como eu, que não tem proteção de nenhuma entidade superpoderosa criadora de universos. Isso teria impedido, por exemplo, que eu tivesse vomitado nos meus próprios pés, logo quando cheguei à emergência, ouvindo uma criança gritar de dor, chamando por um Deus que só existe num livro ridículo.

Minha mãe acredita em Deus, mas, como é “devota” de N. Sra. de Fátima, achou melhor se apegar com a santa, e prometeu comparecer a uma missa na “igreja dela”, da santa, caso eu me restabeleça logo. 

Eu não quis assustar minha mãe com a informação de que duas das três criancinhas que ficaram famosas por terem recebido uma visita especial da mãe de Deus em Fátima, em 1917 — Jacinta e Francisco — , morreram de pneumonia poucos anos depois, sem que a santa tivesse se incomodado em lhes prestar qualquer socorro. Nem que se sabe o que aconteceu, de fato, com a terceira criança, “irmã Lúcia”, pois a que o Vaticano apresentou ao mundo, e que morreu em 2005, era só mais uma fraude.