Espero voltar a atualizar o site
normalmente, a partir da próxima semana. Estou me recuperando de uma
enfermidade bem séria, e não há como se conseguir inspiração para
escrever nada interessante consumindo medicação “tarja preta”.
Enquanto
acompanhava o pingamento das últimas gotas do quarto frasco de soro que
tomei esta manhã, na emergência de um hospital, pensei como seria mais
cômodo para nós, ateus, se os religiosos confiassem mais nos seus
próprios deuses e deixassem os hospitais apenas para gente como eu, que
não tem proteção de nenhuma entidade superpoderosa criadora de
universos. Isso teria impedido, por exemplo, que eu tivesse vomitado nos
meus próprios pés, logo quando cheguei à emergência, ouvindo uma
criança gritar de dor, chamando por um Deus que só existe num livro
ridículo.
Minha
mãe acredita em Deus, mas, como é “devota” de N. Sra. de Fátima, achou
melhor se apegar com a santa, e prometeu comparecer a uma missa na
“igreja dela”, da santa, caso eu me restabeleça logo.
Eu
não quis assustar minha mãe com a informação de que duas das três
criancinhas que ficaram famosas por terem recebido uma visita especial
da mãe de Deus em Fátima, em 1917 — Jacinta e Francisco — , morreram de
pneumonia poucos anos depois, sem que a santa tivesse se incomodado em
lhes prestar qualquer socorro. Nem que se sabe o que aconteceu, de
fato, com a terceira criança, “irmã Lúcia”, pois a que o Vaticano
apresentou ao mundo, e que morreu em 2005, era só mais uma fraude.