Espero voltar a atualizar o site
normalmente, a partir da próxima semana. Estou me recuperando de uma
enfermidade bem séria, e não há como se conseguir inspiração para
escrever nada interessante consumindo medicação “tarja preta”.
Enquanto
acompanhava o pingamento das últimas gotas do quarto frasco de soro que
tomei esta manhã, na emergência de um hospital, pensei como seria mais
cômodo para nós, ateus, se os religiosos confiassem mais nos seus
próprios deuses e deixassem os hospitais apenas para gente como eu, que
não tem proteção de nenhuma entidade superpoderosa criadora de
universos. Isso teria impedido, por exemplo, que eu tivesse vomitado nos
meus próprios pés, logo quando cheguei à emergência, ouvindo uma
criança gritar de dor, chamando por um Deus que só existe num livro
ridículo.
Minha
mãe acredita em Deus, mas, como é “devota” de N. Sra. de Fátima, achou
melhor se apegar com a santa, e prometeu comparecer a uma missa na
“igreja dela”, da santa, caso eu me restabeleça logo.
Eu
não quis assustar minha mãe com a informação de que duas das três
criancinhas que ficaram famosas por terem recebido uma visita especial
da mãe de Deus em Fátima, em 1917 — Jacinta e Francisco — , morreram de
pneumonia poucos anos depois, sem que a santa tivesse se incomodado em
lhes prestar qualquer socorro. Nem que se sabe o que aconteceu, de
fato, com a terceira criança, “irmã Lúcia”, pois a que o Vaticano
apresentou ao mundo, e que morreu em 2005, era só mais uma fraude.
Quando nossa breve vida (aprox. 80 anos?) é o foco da razão da nossa existência, faz todo sentido pensar que um Deus que nos deixa a mercê de doenças e da própria morte no mínimo não se importa com suas criaturas... Mas e se esse mesmo Deus tem poder sobre a morte? E se esse Deus não é o causador do nosso sofrimento mas, ao contrário, está trabalhando incessantemente para que ele acabe? Se Deus é o Criador de tudo e não criou o mal, criou a possibilidade do mal existir, o que foi fundamental para preservar o livre arbítrio de Suas criaturas e consequentemente o amor verdadeiro(Sua essência)que quis implantar em cada uma delas. Parece bem confuso, mas se pararmos pra pensar bem, o amor não existe se não existir a possibilidade de não haver amor.
ResponderExcluirE quem sabe a vida é da vida a razão...
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